Por Robson Moura
As pessoas estão diante de uma sociedade em crise, uma crise romanceada na cabeça dos mais humildes com a proposta de dias melhores. Os governos tentam apresentar, através de vários mecanismos, uma política econômica que não sofra os vieses da mesma. Mas até que ponto?
Mascarar a crise, com supostas boas práticas, sem resolver os dilemas mais importantes da sociedade não dá a um governante o direito de ser tratado como o salvador do mundo.
Dizer que um país mesmo diante da crise está em pleno processo de desenvolvimento não é prova real que o mesmo não foi afetado pela quebra mundial.
Assim a nova coqueluche dos nossos governantes e políticos é fazer uso do verbete “desenvolvimento”. Usam e abusam desse verbete diante dos veículos de comunicação que no momento é a palavra de ordem, nas ruas nos bares da cidade, nas escolas e nas universidades. É importante discutir desenvolvimento, mas todos empacam quando realmente se questiona.
Qual é realmente o processo que leva uma nação a melhorar?
Não basta a um governante dizer que uma nação está se desenvolvendo - ou em desenvolvimento - pois esse fenômeno não depende da imposição de um governo, ou do desejo externo de outrem.
Esqueçam as vontades e os desejos de boas práticas é preciso ação. Há quem diga que querer fazer é o primeiro passo, desculpem-me, mas é preciso fazer, executar, tornar a vontade em prática, desenvolver ações que realmente funcionem para alavancar o progresso e conseqüentemente o desenvolvimento.
Deve-se lembrar que segundo Carlos Lopes, dirigente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNDU), as “boas práticas melhoraram os mecanismos de cooperação, mas ainda não se resolveram os dilemas principais”, fica claro que a doação é uma boa prática, seria um primeiro passo que auxilia o processo de cooperação, como por exemplo: receber donativos de vários países para ajudar outro que está em crise é uma necessidade urgente, mas infelizmente não resolve o problema social daquele país.
A cooperação se torna constante por representar um acordo, um pacto social entre organismos internacionais, enquanto a doação é momentânea, atendendo as necessidades de quem está passando fome e precisa comer emergencialmente.
No Brasil não basta os variados incentivos sociais e programas que ainda não funcionam a contento, como o “Fome Zero”, e as mais variadas denominações que o governo dá as “Bolsas” – Bolsa Família, Bolsa Escola e outras - é preciso resolver os problemas sociais de uma sociedade brasileira tão desigual. Sem educação de qualidade, sem saúde, sem segurança e abandonada pelo poder que deveria fomentar essas ações. Para Lopes: “Os programas de transferência de renda, quando bem administrados, podem trazer resultados espetaculares de interação cidadã na economia formal”.
Daí surge às grandes chagas da sociedade que acaba com a dignidade humana como: o desemprego, a fome, a violência e corrupção.
É preciso melhorar o homem, nivelar sua capacidade e dá a ele o direito de ser cidadão e se sentir um cidadão de fato com a segurança de sua moradia, um salário condigno e uma sociedade mais justa.
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